O governo federal anunciou, no último dia 25 de maio, uma redução de até 10,96% em impostos para baixar o preço final dos carros populares que custam até R$ 120 mil. A medida foi publicada no Diário Oficial deste dia 6 de junho, estabelecendo um sistema de pontuação para desconto do carro popular um tanto diferente do original, dependendo da fonte de energia utilizada, consumo energético, preço público sugerido e densidade produtiva. Critérios aqui, no site da Agência Brasil e na imagem abaixo.
Imagem: Agência Brasil
O anúncio original saiu após uma reunião ocorrida no Palácio do Planalto entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin, o ministro da Fazenda Fernando Haddad e os representantes do setor automotivo.
O resultado já apareceu. Até hoje, o consumidor não encontrava um modelo zero km por menos de R$ 68 mil. Agora, Peugeot já anunciou o 208 por R$ 62.990 e a Renault já anunciou o Kwid por R$ 58.990. Mais anúncios se seguirão.
Segundo Alckmin, que também é ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o carro mais barato até hoje custava quase R$ 70 mil, por isso, o governo pretende baixar esse valor reduzindo impostos para priorizar o social, atendendo a população que mais precisa.
Os descontos que serão concedidos pelo governo, na prática, variam de R$ 2 mil a R$ 8 mil, seguindo três critérios:
1. Valor Final do Carro: quanto mais barato for o veículo, maior será o desconto concedido;
2. Motor Limpo: quanto menos poluente for o motor e o seu processo produtivo, mais desconto terá;
3. Cadeia de Produção: ganha mais desconto o veículo que tiver o maior percentual de peças e acessórios fabricados no Brasil.
Com a medida, o setor automotivo prevê que os carros populares podem voltar a custar menos de R$ 60 mil, algo bem visto pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Algo já visto no caso do Renault Kwid.
No anúncio feito pelo governo está incluído um pacote geral de estímulo à indústria, nos quais incluem:
Outra alternativa é a venda direta para pessoas físicas, que ainda não está em vigor..
O desconto no preço final poderá ser ainda maior. Entre as medidas, o governo analisa liberar a venda direta de veículos para pessoas físicas.
Somente CNPJs são autorizadas a comprar diretamente de fábrica, uma modalidade muito utilizada por empresas que trabalham com frete e como locadoras, por exemplo, por terem isenção de custos logísticos e de lucro das concessionárias.
No entanto, como dito, tal medida ainda não está em vigor.
Carros que devem ficar mais baratos
O governo ainda não anunciou qual será a alíquota de redução para cada carro. Contudo, quando as medidas forem aplicadas a previsão é de que 28 modelos e 79 versões fiquem mais baratos, beneficiando, pelo menos, 10 fabricantes que atuam no país.
No próximo tópico, conheça quais serão os veículos e as suas versão que serão beneficiadas, conforme seus fabricantes:
RENAULT
NISSAN
Além dos carros populares, a equipe econômica do governo quer aproveitar o anúncio das medidas para incluir a renovação da frota de caminhões.
O tema vem sendo discutido entre os ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e já foi apresentado ao presidente da república.
A ideia é aproveitar o pacote de incentivo de redução dos preços dos carros de entrada (populares) e anunciar o incentivo à categoria dos caminhões.
A equipe econômica também quer deixar mais claros os critérios de incentivos fiscais para carros populares, como uma maneira de dar mais previsibilidade à renúncia fiscal.
Como informamos antes, o governo deu um prazo para o Ministério da Fazenda explicar como será feito o ajuste fiscal para que a medida seja compensada e cumpra a Lei de Responsabilidade Fiscal sem ferir a meta de redução do déficit das contas públicas ainda este ano.
Pelo jeito, muitas novidades devem acontecer nos próximos dias. Portanto, fique atento para os próximos posts.
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