As pistas brasileiras estão prestes a ganhar um novo capítulo daqueles que deixam qualquer fã de velocidade com a sobrancelha levantada. Nos bastidores do automobilismo, um burburinho começou a circular nos últimos meses e agora finalmente ganhou forma: a Horse Powertrain e a Sports & Racing Brazil (SRB) se uniram para criar uma categoria inédita de corridas — e, dessa vez, o espetáculo será protagonizado por picapes de competição.
A ideia pode soar inusitada para quem associa picapes somente a estradas rurais, trilhas e caçambas cheias de ferramentas, mas basta lembrar o quanto esse segmento cresceu no Brasil nos últimos anos. O público abraçou o estilo robusto, alto e imponente. As montadoras embarcaram nessa onda. E agora o automobilismo resolveu entrar pra festa também. Era questão de tempo até alguém juntar essas pontas e transformar tudo em um campeonato feito sob medida.
Segundo os organizadores, a nova categoria deve estrear oficialmente em 2027, mas o gostinho inicial já surge em 2026, quando os primeiros protótipos aparecerão em corridas-exibição. Essas apresentações vão funcionar como um teaser para mostrar ao público o que está por vir — e também para que pilotos e equipes conheçam de perto o comportamento dos carros nas pistas de asfalto e terra, já que o campeonato será híbrido, misturando diferentes terrenos e temperando a experiência com um nível extra de emoção.
No centro do projeto está o motor HORSE H13, uma peça que vem chamando atenção por motivos bem sólidos. O H13 não é apenas um motor turbo de quatro cilindros e 1,3 litro. Ele foi concebido para operar como flex, característica praticamente obrigatória no mercado brasileiro, e traz tecnologias que deixam qualquer engenheiro orgulhoso. O cabeçote em formato Delta, o coletor de escape integrado e o sistema de injeção direta exemplificam o quanto esse motor foi pensado para ser compacto, leve e eficiente. Tudo isso ajuda a manter o centro de gravidade baixo, um detalhe que faz diferença importante em corridas de alto nível.
Mas o mais curioso é que essa engenharia não nasce em um laboratório distante: o HORSE H13 usado na categoria será produzido na fábrica da Horse Powertrain em Curitiba, reforçando o caráter nacional da iniciativa. Essa produção local não é apenas simbólica; ela representa o compromisso de desenvolver soluções de alto desempenho dentro do país, conectando indústria, tecnologia e competição.
Um detalhe importante — e que certamente vai dar o que falar — é o foco em sustentabilidade. Por operar com etanol dentro de um ciclo well-to-wheel mais limpo, o H13 reduz até 70% das emissões de CO₂ quando comparado a um combustível fóssil tradicional. Isso coloca a categoria em sintonia com demandas globais por menor impacto ambiental e abre caminho para novas discussões sobre o futuro dos motores de combustão em ambientes competitivos.
Quem acompanha os bastidores do automobilismo já percebeu que o projeto tem tudo para atrair montadoras. Isso porque a categoria será multimarcas, mas com chassi padronizado e motores iguais, o que nivela o jogo e torna a disputa mais emocionante. Em outras palavras, quem fizer a melhor estratégia, quem ajustar melhor o carro e quem segurar mais firme o volante deve levar vantagem. Esse equilíbrio costuma render corridas que fazem até quem não entende muito do assunto prender a respiração.
A SRB, que já soma mais de trinta anos desenvolvendo veículos de competição no Brasil, entra na parceria trazendo experiência, estrutura e reputação. A Horse Powertrain contribui com tecnologia, engenharia e uma visão global da mobilidade, marcando presença com um motor criado especialmente para unir potência, eficiência e confiabilidade.
Quando a conversa gira em torno dessa nova categoria, um ponto chama atenção imediatamente: a promessa de corridas em dois ambientes completamente diferentes. O campeonato vai acontecer em pistas de asfalto e também em pistas de terra, algo que muda toda a dinâmica da competição. Essa combinação raramente aparece em categorias tradicionais e deve ser um dos ingredientes responsáveis por aumentar o nível de adrenalina. Afinal, a mesma picape que rasga asfalto terá de lidar com trechos escorregadios, poeira no rosto e curvas que mudam de comportamento ao menor toque no volante.
Para muitos torcedores, isso significa corridas mais imprevisíveis e cheias de momentos decisivos. Para os pilotos, significa trabalho dobrado. Cada tipo de pista exige calibração diferente, leitura de terreno, sensibilidade no acelerador e nervos um pouco mais firmes do que o normal. E, claro, para as equipes de engenharia, a história é ainda mais complexa: adaptar um veículo para dois cenários tão distintos exige inteligência, ajustes finos e um entendimento profundo do comportamento do carro. É justamente nesse ponto que a categoria promete dar um show de técnica e ousadia.
O motor HORSE H13, com sua proposta compacta e seu centro de gravidade baixo, deve facilitar parte desse trabalho. Projetado para entregar potência, resposta rápida e confiabilidade, ele oferece características que combinam bem com corridas que exigem arrancadas fortes e retomadas rápidas. Em pistas de terra, por exemplo, curvas de baixa velocidade costumam exigir torque imediato — e isso tende a colocar o H13 em posição de destaque.
Outro detalhe interessante é que a SRB pretende revelar os primeiros veículos da categoria já em 2026, durante uma corrida-exibição que funcionará como uma prévia oficial. Essa apresentação deve reunir montadoras, equipes, pilotos e uma boa dose de torcedores curiosos. A expectativa é que esse primeiro contato sirva para mostrar que a ideia de usar picapes nas pistas pode funcionar muito melhor do que muita gente imagina.
Se existe um personagem central nessa história, é o motor HORSE H13. Ele simboliza a união entre tecnologia moderna, comportamento esportivo e adaptação às condições brasileiras. Sua arquitetura chama atenção por incluir itens que normalmente aparecem apenas em motores de categorias mais sofisticadas — como o coletor de escape integrado, que melhora resposta térmica e eficiência, e o sistema exclusivo de injeção direta.
As tecnologias envolvidas ajudam a explicar o porquê de a Horse Powertrain enxergar o automobilismo como um laboratório ideal. Em competição, tudo acontece mais rápido: desgaste, calor, vibração, pressão, exigência mecânica, consumo. É um ambiente onde cada componente opera no limite. Se um motor sobrevive, ele passa a ter credenciais de respeito.
É nessa lógica que o H13 ganha protagonismo. Pensado para ser flex, ele dialoga diretamente com a característica brasileira de usar etanol como combustível de alto desempenho e menor impacto ambiental. O ciclo well-to-wheel, responsável por medir emissões “do início ao fim” da cadeia, garante valores bastante competitivos. A redução de 70% de CO₂ comparada à gasolina tradicional não é apenas um detalhe: é um argumento sólido para um futuro que mistura velocidade e consciência ambiental.
No automobilismo, essa discussão começa a aparecer com frequência. Categorias no exterior debatem alternativas mais limpas. Aqui, usar etanol coloca o Brasil em posição estratégica, aproveitando um combustível amplamente disponível e já consolidado como solução eficiente. A nova categoria surge como vitrine para esse tipo de tecnologia, mostrando que existe espaço para competição com espírito sustentável.
Para entender por que a parceria tem tanto potencial, basta olhar para o histórico da Sports & Racing Brazil. A empresa tem mais de trinta anos desenvolvendo plataformas de competição no país. Em outras palavras, ela já viu de perto absolutamente tudo — de projetos que nasceram do zero até reformulações completas de categorias.
Esse conhecimento acumulado permite que a SRB compreenda em detalhes o que funciona e o que não funciona em um campeonato nacional. Ela sabe o que o público gosta de assistir, o que as montadoras procuram, quais desafios pilotos enfrentam, o que as equipes precisam para ter previsibilidade técnica e quais são os cuidados de segurança indispensáveis. Esse repertório conta muito quando a missão é criar uma categoria do zero.
Além disso, como a SRB atua conectando montadoras, equipes e patrocinadores, sua presença ajuda a dar credibilidade ao novo projeto. Isso facilita a adesão das marcas, que passam a enxergar a categoria como uma plataforma viável e coerente para exposição, desenvolvimento e engajamento com o público.
É fácil imaginar por que o projeto chamou atenção da indústria: as picapes estão em alta e representam um dos segmentos mais fortes do mercado brasileiro. Criar uma categoria que use motores padronizados, mas permita que cada marca leve suas picapes para as pistas, é uma oportunidade inteligente de construir narrativas esportivas que dialogam com o dia a dia do consumidor.
Para as montadoras, isso significa:
uma vitrine para testar soluções técnicas;
um laboratório vivo para componentes que podem migrar para linhas comerciais;
um palco para reforçar identidade de marca;
um modo de participar de uma categoria competitiva sem custos exorbitantes.
Como o chassi é padronizado e os motores compartilhados, o investimento diminui e a competitividade aumenta. Isso faz com que mais participantes tenham chances reais de disputar títulos, o que normalmente gera campeonatos mais equilibrados e torcidas mais engajadas.
A categoria também cria oportunidade para pilotos que desejam crescer no esporte. Picapes com motores turbinados, rodando em terra e asfalto, devem exigir um conjunto bem completo de habilidades. Quem dominar o carro nesses ambientes tão diferentes terá boas chances de chamar atenção no cenário nacional.
Para os torcedores, o opcional “picapes turbinadas disputando curvas” já promete um espetáculo divertido de assistir. A mistura de terrenos, somada ao estilo de pilotagem necessário, deve criar momentos imprevisíveis — aqueles que deixam estádios inteiros gritando, levantando e filmando.
O automobilismo brasileiro vive ciclos. Algumas categorias se consolidam, outras desaparecem, novas surgem. Mas poucas nascem com uma proposta tão alinhada ao comportamento atual do mercado e do público. A combinação de desempenho, sustentabilidade, produção nacional e participação multimarcas coloca o projeto em um espaço muito interessante.
Nos próximos meses, a expectativa é de que as montadoras iniciem conversas mais profundas com a SRB. As primeiras unidades de teste devem rodar ainda em 2026, alimentando a curiosidade de quem acompanha a evolução do projeto. A corrida-exibição marcada para o mesmo ano deve servir como palco para o primeiro encontro entre público, veículos, motor H13 e toda a atmosfera que o campeonato deseja construir.
Se tudo se confirmar, 2027 deve marcar o início de um novo capítulo na história do automobilismo nacional — um capítulo onde picapes deixam a vida cotidiana e passam a assumir papel de protagonistas nas pistas, empurradas por um motor criado no Brasil e desenvolvido para competir sob pressão.
Para fornecer as melhores experiências, usamos tecnologias como cookies para armazenar e/ou acessar informações do dispositivo. Não consentir ou retirar o consentimento pode afetar negativamente certos recursos e funções.
Política de Cookies
Quer deixar um comentário?