Há quem diga que alguns carros não envelhecem, apenas mudam de ritmo. É o caso do lendário MG EX181, o veículo que, em 1957, fez o mundo inteiro prender a respiração nas planícies de sal de Bonneville, nos Estados Unidos. À época, parecia pura loucura imaginar que um carro com motor de apenas 1.5 litro supercharged pudesse superar os 395 km/h. Mas foi exatamente isso que aconteceu quando Stirling Moss, um dos maiores nomes do automobilismo britânico, pisou fundo no acelerador daquela máquina que mais parecia uma gota de chuva em fúria.
Batizado de “Roaring Raindrop”, o carro não era apenas rápido — era uma obra-prima de aerodinâmica e ousadia. Sua forma incomum, projetada para cortar o ar como uma lâmina, transformou-se em símbolo da engenharia criativa da MG Motor nos anos dourados da velocidade. Dois anos depois, em 1959, outro nome lendário — Phil Hill, o primeiro americano campeão mundial de Fórmula 1 — empurrou o limite ainda mais longe: 410,5 km/h. O recorde mundial da Classe F estava quebrado. E o mundo, uma vez mais, impressionado com o poder de uma marca que sempre misturou elegância britânica e coragem quase insana.
Por mais de cinco décadas, o MG EX181 manteve o título de carro mais rápido de sua categoria. Não era apenas uma façanha técnica; era uma declaração de propósito. Enquanto outros viam o impossível, os engenheiros da MG viam um desafio. Cada linha da carroceria, cada parafuso do motor, cada gota de combustível parecia dizer a mesma coisa: “Podemos ir mais longe.”
Agora, 68 anos depois, esse mesmo espírito renasce — não mais com o som ensurdecedor do motor superalimentado, mas com o sopro elétrico do futuro. O novo MG EXE181, apresentado em 2024, é a homenagem moderna ao carro que fez história. Totalmente elétrico, o modelo mantém o DNA ousado do original, mas traduzido para o século XXI: 415 km/h de velocidade máxima, coeficiente de arrasto de apenas 0,181 e a incrível capacidade de acelerar de 0 a 100 km/h em menos de um segundo.
É quase poético pensar que a mesma marca que um dia desafiou o vento, agora o domina em silêncio. E esse silêncio não é vazio: ele carrega a energia da reinvenção. O EXE181 foi reconhecido com o iF Product Design Award 2025, um dos prêmios mais prestigiados do mundo do design, justamente por combinar herança e inovação em um corpo que parece ter saído de um sonho futurista.
Mas não é apenas sobre velocidade ou estética. Para a MG Motor, o novo EXE181 representa o fio que conecta passado, presente e futuro — e é esse fio que a marca começa a estender até o Brasil.
Com a chegada oficial da MG Motor ao mercado brasileiro em 2025, a história ganha um novo capítulo. A marca anunciou a abertura de 24 concessionárias até o fim do ano, em parceria com 12 grupos locais. É o começo de uma expansão que promete alcançar 70 lojas em 2026, espalhadas por todas as regiões do país.
O espírito que um dia atravessou o deserto de sal agora cruza o Atlântico, pronto para conquistar novas pistas e corações. Porque, afinal, a paixão por velocidade e inovação não tem fronteiras — apenas horizontes.
Poucos carros conseguem atravessar gerações como o MG EX181. Ele não foi apenas um recordista — foi um ponto de virada na forma como o mundo via a velocidade e a engenharia automotiva. Quando Stirling Moss sentou naquele cockpit minúsculo, cercado por alumínio e coragem, ninguém imaginava que estava nascendo uma lenda.
Na década de 1950, a ideia de ultrapassar os 400 km/h parecia coisa de ficção científica. O design do EX181, com sua carroceria longa e baixa, lembrava mais uma nave espacial do que um carro de corrida tradicional. O formato de “gota”, fruto de incontáveis horas em túneis de vento, reduzia o atrito com o ar a níveis nunca vistos. Era o tipo de ousadia que só poderia vir de engenheiros que acreditavam que a forma e a função podiam ser a mesma coisa.
Aquela “gota rugidora” não era movida apenas por gasolina — era movida por um espírito pioneiro. E esse espírito, curiosamente, sobreviveu intacto por mais de meio século.
Mesmo depois que o recorde foi superado em 2014, o EX181 continuou sendo símbolo de algo que vai além de números e cronômetros: a vontade de inovar sem medo do impossível.
Hoje, ao olhar para o EXE181, é impossível não traçar um paralelo direto. O novo carro conceito da MG Motor é o mesmo manifesto de audácia, traduzido em uma linguagem elétrica. É a prova viva de que a tecnologia muda, mas a essência da paixão permanece.
A versão moderna do ícone, o MG EXE181, nasceu para provar que carros elétricos também podem emocionar. A proposta não é ser apenas rápido — é ser diferente. A meta de atingir 415 km/h parece até uma provocação aos combustíveis fósseis, um recado direto de que o futuro da performance não precisa cheirar a gasolina.
O design é tão ousado quanto o original. Linhas fluidas, rodas carenadas, cockpit fechado e uma silhueta que parece moldada pelo vento. A inspiração é clara: a velha “Gota Rugidora” continua ali, agora vestida de carbono, alumínio e fibra de vidro, com alma de engenharia futurista.
O que chama a atenção é o coeficiente de arrasto (Cd) de 0,181, um valor quase impossível de alcançar em um carro de rua. É o tipo de número que, na prática, faz a diferença entre cortar o ar ou ser cortado por ele. Cada curva, cada vinco e até as aberturas para ventilação foram calculadas milimetricamente para garantir que nada interrompesse o fluxo.
Por dentro, o conceito de direção também foi repensado. O EXE181 não tem botões convencionais, apenas interfaces táteis e projeções holográficas, que permitem controlar o carro com toques e gestos. É como se o motorista estivesse sentado dentro de um videogame — mas com o mesmo frio na barriga que Stirling Moss sentiu em Bonneville.
A MG Motor aposta que o futuro da velocidade será silencioso, inteligente e eletrizante.
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